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Volta às aulas e a preocupação com as crianças alérgicas

Volta às aulas e a preocupação com as crianças alérgicas – Para algumas famílias a ida da criança com alergia ao colégio pode ser um problema. Porém com alguns cuidados e muita informação a convivência escolar se torna mais prazerosa e sem mistério. Segundo o Consenso Brasileiro de Alergia, as alergias mais comuns nas crianças são alimentares (alergia ao leite, ovo, trigo, soja e mais recentemente o amendoim). Além disso existem também as alergias de pele e respiratórias. Os cuidados devem ser divididos entre pais e professores. Afinal uma criança doente pode faltar as aulas e diminuir o rendimento escolar.

O aluno com alergia precisa de uma atenção especial e para isso os professores e responsáveis da escola devem ser comunicados. Quanto mais informações tiverem melhor. Em caso de alergia alimentar a lei 12.982/14 e Lei 11.947/09 assegura que a criança deve ser acolhida na escola com a alimentação adequada as suas necessidades, por isso uma conversa com os responsáveis pelo ambiente escolar é fundamental. A escola deve ser avisada de preferência através de um laudo médico para garantir que os professores tomem conhecimento do caso. Se possível a família deve elaborar um pequeno manual com uma lista de alimentos proibidos, alimentos permitidos. Deve listar também sintomas de uma crise alérgica, medicação em caso de emergência e que cuidados tomar.

 

Sugestões para os pais

 

Os pais podem também fornecer o lanche especial para a criança assegurando a alimentação. A escola deve dar preferência para compra de produtos como giz, tinta guache ou massinha de modelar do tipo hipoalergênico. Manter uma boa ventilação nas salas de aula, evitar o acúmulo de pó principalmente de giz, fazendo limpeza diária, etc. No caso de asma os professores devem saber a medicação em caso de crise. Devem saber os cuidados necessários nas aulas de educação física por exemplo. Já para as crianças com reações alérgicas graves como a anafilaxia os professores devem ser orientados para uma emergência. Essa orientação deve incluir a aplicação de adrenalina se necessário.

Algumas crianças podem se sentir excluídas da turma por suas restrições alérgicas. Por isso é importante esclarecer também para os demais alunos de forma cuidadosa sobre as alergias. Pedir que também ajude o amiguinho alérgico é uma medida bem vinda.  Fazer aulas e atividades sobre o assunto é uma boa maneira de educar os pequenos sobre isso. Lembrando que a criança alérgica não precisa ser tratada de forma diferente ou ficar isolada da turma. Esse cuidado com as crianças é delicado. Ele pode desencadear a exclusão da criança alérgica da turma, podendo gerar bulling. Pode despertar a preferência do professor por esta pelo excesso de atenção causando ciúme e rejeição dos demais.

 

Cuidados compartilhados

 

  • Ao escolher a escola ou creche verifique as instalações do prédio, condições de higiene, limpeza e ventilação. A localização também pode fazer a diferença. Verifique se nos arredores existe alguma indústria ou empresa que possa prejudicar a qualidade do ar. Isto pode ocorrer com poluentes, tintas, cheiro muito forte, etc.
  • Faça consultas ao pediatra regularmente, mesmo quando a criança estiver bem. E prefira sempre a consulta com o mesmo médico para que o acompanhamento do caso seja feito da melhor forma.
  • A criança não deve ir a escola se estiver febril ou com início de alguma reação alérgica.
  • Praticar exercícios físicos e manter a alimentação saudável evitando excesso de produtos industrializados, refrigerantes e frituras é importante.
  • Crianças com asma ou rinite alérgica devem sentar afastadas do quadro negro para evitar o pó produzido pelo giz, por isso evite as primeiras fileiras.
  • Pais e professores devem ficar atentos ao comportamento da criança como alterações de humor, sonolência, insônia, desatenção e cansaço.
  • Para crianças com alergia alimentar o lanche deve ser coletivo mas com a presença de um responsável para evitar uma possível contaminação.
  • Em dias de passeio, troca de lanche, aula de culinária ou aniversário na escola, o ideal é que o alimento da criança alérgica seja semelhante aos demais, porém com receita diferenciada sem o componente alérgico.

 

Cuidados com a limpeza

 

  • Na escola itens de higiene e utensílios domésticos para crianças alérgicas devem estar sempre separados. Como esponja, prato, talheres e copos. Assim como o preparo dos alimentos também deve ser separado.
  • Um pedacinho pode fazer mal sim. Tanto professores quanto os coleguinhas não devem oferecer alimentos para a criança alérgica.
  • Incentivar a lavagem das mãos e rosto para todos os alunos antes das refeições.
  • Na escola pode haver uma tabela para anotação de todas as refeições que a criança faz diariamente e assim pode identificar mais facilmente caso haja uma reação.
  • Evite o uso de frases que rotulem ou assustem a criança alérgica, tratando assunto com delicadeza.
  • Tenha visível em local de fácil acesso números de telefone dos pais e emergência, assim como uma lista de alimentos ou produtos proibidos para a criança alérgica.

Boas aulas!

 


Atualizado em 24Fev21

Fonte: RMA/Iara da Cunha Bernardes

Imagem: Reprodução


 

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